Tarso Genro

MINISTRO TARSO GENRO SE REÚNE COM EMPRESÁRIOS NO SEAC-SP

Política e Terceirização foram discutidos no encontro promovido em parceria com a Abrasse

O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, esteve no SEAC-SP, no último dia 24 de novembro, para um encontro com empresários do Setor de Serviços. O encontro foi articulado pela ABRASSE em parceria com o Sindicato, que recebeu o ministro em almoço em seu espaço social recém-inaugurado. Os principais veículos da imprensa nacional fizeram a cobertura do evento.

Este canal de interlocução política e institucional com autoridades faz parte dos objetivos traçados pelo novo Conselho Político do SEAC-SP, que pretende receber periodicamente representantes das diversas esferas dos governos para dialogar com o Setor.

Genro traçou um panorama com as diretrizes para o segundo mandato do Governo Lula e discorreu sobre as reformas que considera as mais urgentes. Veja abaixo um resumo dos assuntos mais importantes debatidos pelo ministro e empresários.

Partidos x reforma política
“A maioria das siglas não representa os interesses do País, mas interesses regionais contraditórios. É preciso que os partidos se coloquem como sujeitos constituintes dessa nova etapa. A aprovação da reforma política precisa do apoio das oposições. O oposicionismo não arrefece as forças do Governo e, além do mais, as matérias de interesse nacional precisam ser discutidas a partir do entendimento entre os partidos. Não há partido que consiga governar um país sozinho, especialmente na fase em que vive o Brasil, de fim de um ciclo, o que torna imprescindível a reforma política. Os partidos, inclusive os de oposição, devem unir-se no esforço suprapartidário para garantir ao país as mudanças propostas para esta nova etapa.”

Coalizão mais densa
“Quando o Governo Lula fala em coalizão governamental – e esta não é uma posição fácil, pois expõe o Governo – ele convoca os partidos políticos a se apresentarem como sujeitos ativos da política, se organizando e resolvendo suas contradições internas de tal modo que se apresentem para o Estado e para a sociedade como uma síntese, para que haja um mínimo de estabilidade, de representatividade parlamentar e de governabilidade. O eixo da coalizão é o compromisso mais firme dos partidos com as políticas públicas do governo. A proposta de uma ampla coalizão suprapartidária para encaminhamento e discussão da reforma política é essencial neste momento.”

O Setor de Serviços
“Vejo como legítima a reivindicação do setor para ser abrigado no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. O órgão é justamente o mecanismo criado pelo Governo para ouvir e acolher as sugestões e contribuições da sociedade organizada, como esta que se vê aqui neste Sindicato.”

Governo Lula
“A próxima gestão do Presidente Lula será marcada pela conciliação e diálogo. E, se as reformas priorizadas forem implantadas, como a reforma política, uma nova relação entre Estado e sociedade, mais saudável, será estabelecida de 2007 por diante.”

Classe empresarial
“Hoje, para se efetivar, o processo autônomo de desenvolvimento conta com a participação dos empresários. O Brasil é um país que dispõe dos elementos essenciais para desenvolver um projeto nacional de autonomia de integração cooperada: tem território, clima, ciência, tecnologia, classes de dirigentes competentes e um empresariado com vocação universalista. O projeto de Nação atualmente se concretiza a partir dessas características e da cooperação dos setores da sociedade.”

Economia
“Há um ponto concreto de convergência entre a corrente dos desenvolvimentistas e a dos governamentistas. Não é um ponto de formulação doutrinária, mas histórico, o mesmo que realizou a globalização em escala maciça: é a questão da rigidez fiscal do Estado. Não se faz um projeto de desenvolvimento nos dias atuais sem um estado fiscalmente saudável. Ambos os movimentos doutrinários reconhecem essa necessidade.”

Terceirização
“Faz parte da reorganização radical do mundo do trabalho, assim como o sindicalismo, a inclusão social e a formação de mão-de-obra. A Terceirização estabelece uma ponte de inclusão de pessoas no trabalho formal. Temos de lutar por uma nova regulação para essa modalidade de trabalho, que crie mecanismos de incorporação social, política e organizativa.”

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