(agenciabrasil.ebc.com.br)
Por Gabriel Brum - Repórter da Rádio Nacional - Brasília
O setor de Serviços, que emprega 30 milhões de pessoas no Brasil, teve 511 mil trabalhadores afastados em janeiro por causa da covid-19. O prejuízo no mês é de mais de R$ 35,5 milhões, segundo levantamento da Cebrasse, Central Brasileira do Setor de Serviços. A fatia das micro e pequenas empresas nessa perda é de R$ 17 milhões. A área de limpeza e conservação é uma das que têm mais funcionários afastados.
A pesquisa usa como base os números de infectados e internações do Ministério da Saúde e as remunerações pagas pelo setor em 2020. As perdas das empresas se referem ao pagamento de salários não trabalhados e à contratação de mão-de-obra para repor os afastamentos, como explica o diretor técnico da Cebrasse, Jorge Segeti.
Segundo o diretor, a expectativa é que a média de afastamentos se mantenha em fevereiro e março. Normalização apenas a partir de abril.
Jorge Segeti explica que o contrato intermitente minimizou os impactos dos afastamentos. Já o trabalho remoto ajudou as empresas que funcionam em escritórios. A tendência era intercalar dias presenciais e remotos, mas em janeiro, com o aumento de casos, por causa da variante ômicron, o home office ganhou força de novo.
O trabalho remoto, no entanto, não é solução para todas empresas. Para atividades que lidam diretamente com o cliente, como limpeza, segurança, barbeiro e manicure, as empresas acabam perdendo o serviço.
Edição: Leila Santos / GT Passos