Por: Proativa Febrac
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) manifesta preocupação com os impactos da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que elevou a taxa básica de juros da economia, a Selic, de 12,25% para 13,25% ao ano. A medida, que já era amplamente esperada pelo mercado, deve trazer desafios adicionais para o setor de comércio e serviços, que representa a maior fatia do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.
De acordo com a CNC, a elevação dos juros impacta diretamente o custo do crédito, reduzindo o consumo das famílias e os investimentos das empresas. O setor de serviços, que já vinha registrando pressão inflacionária acima da média, pode sentir um desaquecimento mais intenso nos próximos meses. Além disso, a alta da Selic aumenta o custo de capital para os empresários, dificultando a expansão dos negócios e a geração de empregos.
“Esta alta nos juros pode desacelerar ainda mais o setor de serviços, que já enfrenta pressões inflacionárias. Apesar de ser o setor que mais emprega e gera oportunidades para a população mais carente, nossas empresas seguem sendo impactadas pela alta dos impostos e juros”, pontua Edmilson Pereira, presidente da Febraf.
A decisão do Copom veio em um cenário de inflação persistente, com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) projetado em 5,2% para 2025, acima da meta estabelecida pelo Banco Central. A CNC destaca que a política fiscal do governo será fator determinante para o desempenho da economia nos próximos meses.
“O setor de comércio e serviços já enfrenta desafios relacionados ao encarecimento do crédito e à incerteza fiscal. Um aumento contínuo dos juros pode comprometer a retomada do crescimento e a geração de empregos, afetando diretamente milhões de brasileiros”, pontua o economista da CNC João Vitor Gonçalves.
A entidade reforça a necessidade de uma política econômica coordenada, onde o Banco Central não precise arcar com os custos da pressão inflacionária gerada pelo fiscal, criando o ambiente necessário para o crescimento econômico sustentável e de longo prazo brasileiro.
*Com informações da CNC.